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Tendência? Estilo?


Tendência.

Aquilo que vai ser.

Estilo.

Aquilo ao qual é identificado como.


Tanto um quanto outro, buscamos ou não nos enquadrar em algum deles. Mesmo até os que lutam para não ser, mas acabam o sendo pelo simples fato de lutarem para não o ser. Assim criaram-se os Punks, não?

Em resumo; não adianta lutar, é mais fácil aceitar o mundo em que se encaixa e tentar entende-lo melhor para se conhecer e também evoluir.

Rotular e gerar “comunidades” nos dias de hoje é algo muito rápido.

Então, o que fazer quando esta incompreensão sobre a que mundo pertencer torna-se parte da decoração?

Sem precisar arrancar os cabelos, roer todas as unhas ou detonar um Toblerone tamanho grande, existem caminhos para chegarmos lá.

Mas, porque precisamos nos preocupar com isso quando nos referimos à decoração?

Simples!

Porque tudo que criamos, usamos ou nos utilizamos serve para agradar nossas preferências culturais e afetivas. E é por meio desta compreensão que procuramos mostrar aos outros quem somos.

Ok, não é tão simples assim, mas é possível desenvolver formas de trabalho que facilitam chegar a esta compreensão.

Estilo e Tendência tornam-se uma questão muito importante para se dominar, pois o resultado do trabalho deverá representar muito bem estas escolhas que, por sua vez, deverão dialogar em harmonia com seus ocupantes.

Quando começo a trabalhar com um cliente busco entender como se veste, sua origem de criação, atividades esportivas e hobby, gosto cultural, e por aí vai. Ter um apanhado global das preferências pessoais que apareçam no dia-a-dia da pessoa. Busco ouvir os seus incômodos, suas manias e aquelas dinâmicas diárias que fazem (ou não) parte da forma de agir do cliente.

Junto com isso tudo, é importante o cliente realizar a sua pesquisa particular sobre as coisas que gosta ou se imagina usando. Quanto maior e repetida em suas informações, maior será a oportunidade de perceber suas preferências. Lembrando sempre que é na repetição que percebemos nossas preferências.

Este conjunto de ações permite visualizarmos todos os elementos com os quais teremos que lidar, e também eliminar, nas decisões para conformar um resultado. E a principal ferramenta para isto, no meu processo, é devolver perguntas ao cliente com o objetivo de fazê-lo se questionar o quanto, de tudo aquilo que ele gosta, de fato, ele conseguirá conviver diariamente.

Quando falamos de estilo não podemos desconsiderar tudo aquilo com o qual o cliente conviveu durante a sua criação, adolescência e formação da vida adulta, pois elas são importantes. Desconsiderar este lado subjetivo das pessoas é como ignorar uma parte de sua história.

Construir algo novo sem estar em paz com o passado é como oferecer uma cadeira com uma das pernas rachada...a qualquer momento ela irá desabar.

As pessoas precisam ter o sentimento de estarem em casa. E estar em casa também é uma visita ao passado familiar. É contemplar as coisas boas com as quais crescemos.

Casas são construídas com a tradução de todas estas informações fases de vida, afinal, as casas são nossos museus particulares que ajudam-nos a contar nossa história.

E a beleza?

A beleza é uma consequência natural da boa compreensão deste contexto. E esta tradução resultará em um local com a cara do seu dono.

Pensar tão somente em “um estilo” para a sua casa é uma maneira muito forte de você reprimir sua história, seus gostos e identificações. E quando neste processo estão envolvidas mais de uma pessoa, “ser plural, é o canal”.

Boas reflexões para a sua casa.

Maurício Aurvalle.

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